A tenda de Kadhafi

Líder líbio fica alojado num complexo de tendas no Forte de S. Julião da Barra.

Um líbio vem a Portugal e trás atrás de si uma comitiva, a própria casa, a própria comida, já sem falar dos seus próprios camelos.

Ou seja, um líbio vem a Portugal e não muda os seus hábitos pessoal e culturais e nós portugueses fazemos tudo para que se sinta em casa.


Um português sai do pais e muda de cultura, adapta-se à cultura do pais que vai visitar.

Quem está mal?

Eu cá decido pensar que nem está mal é quem não se dá a hipótese de experimentar os costumes, cultura, tradição e sabores do pais de destino. Ainda bem que sou portuguesa.

No meu entender não há nada melhor do que ser flexível e experimentar novas formas de vida, de cultura de sabores. Só assim penso que seja possível entender as varias culturas e compreender acima de tudo a nossa própria cultura. Só assim penso que é possível analizar e ver que a nossa própria cultura tem imperfeições e é susceptível de mudança. Ora sempre se disse olhos que não vêem coração que não sente.

A nossa realidade pode não estar correcta e pode ser melhorada, mas é o conhecimento de outras realidades que nos faz pensar no que poderá melhorar na nossa realidade e também o que está bem. já Salazar queria um pais fechado em si, sem conhecimento do exterior e só assim é possível um líder ditador conseguir manter o povo dentro da ordem, dentro dos seus próprios princípios, pois assim é fácil, o povo não conhece mesmo nenhuma realidade exterior...

É por isso que ao ler a noticia que o líder líbio vem a Portugal e trás atrás a sua cultura, que tenho pena do homem, pois não tem a consciência que é na experiência de diferentes culturas que os povos se podem melhor conhecer e compreender, fico com a sensação que assim qualquer tipo de entendimento fica condicionado e que para ele o único importante é manter a sua forma de ver o mundo à imagem da sua única realidade.