28 abril 2020

Em tempos de Covid

Ora bem, mais um dia em casa. Quando abri este blog, há muitos anos atrás nunca pensaria que hoje estaria aqui onde estou. Não pensaria que estaria como estou, nem onde estou, nem como estou. São dias de confinamento, de estar em casa, de esperar que tudo passe, são dias de distancia. Estar em casa e trabalhar em casa não é novo para mim, algo que já fiz no passado, o que é novo é o medo de sair à rua, o medo de não poder abraçar e de estar com a familia, o medo de ter de ficar longe. No entanto o que em tempos foi uma tarefa diaria, voltou a se-lo, a videoconferencia voltou diariamente para as nossas casas, mas desta vez foi de certa forma imposta. Já lá vai o tempo em que todos os dias escrevia uma carta, hoje escrevo mensagens, envio fotos e vamos falando para estarmos todos na mesma realidade. Tudo começou pela China e quando demos por nós já nos batia à porta. Levou algum tempo para cá chegar, mas não sabiamos bem o que ai vinha e durante quanto tempo iria ficar. Já passou mais de um mes e meio e aguardamos para saber quando poderemos dizer que tudo passou. Sem querer lembro-me de uma peça de teatro que vi em criança, na altura não sabia bem do que se tratava, mas ficou-me gravada na cabeça O diario de Anne Frank. Lembro-me e sinto que embora em outra escala, estou presa como ela. Provavelmente terei alguns dos seus medos e das suas esperanças. Afinal tudo se resume ao medo que temos pelas pessoas que amamos e que queremos sempre bem. Tudo se resume à esperança de dias melhores e neste caso apenas que tudo volte ao que era antes. Espero-vos todos bem e que em breve esta parte da historia seja apenas isso, história!

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20 janeiro 2014

hoje porque não hoje

Há momentos como agora que me apetece escrever. Posso fazê-lo aqui ou noutro sitio, mas agora é aqui que o vou fazer. Diariamente penso que estou bem, que estou feliz, que tal como as coisas estão estão muito bem. Aparentemente tenho o que quero. Mas depois há momentos em que tudo vem abaixo. Afinal o que é que eu quero, estou ou não feliz? Será que apenas tenho a complexidade estranha de nunca estar bem? Será que estou sempre a procura do que não tenho? Será que na verdade me tento enganar? Não gosto destes momentos, em que simplesmente não sei o que quero ou quem sou. Na verdade penso que sei o que quero, e então começa um rodopio de pensamentos e de tristezas, por achar que quero sempre mais, ou então que me tento enganar, dizendo para mim própria que estou bem. É um sentimento de tristeza que entra em mim, que toma conta de mim. Irrita-me ser assim. Digo para mim próprio vive apenas com o que tens, aproveita, na verdade eu não me posso queixar, na verdade tenho muito mais do que muitas pessoas tem, mas falta-me algo. Falta-me a estabilidade daquilo que sempre quis. Não entendo porque tem de ser tão difícil. Não entendo porque nunca dá certo. Agora duvido que alguma vez vá dar certo e começo a desistir, começo a me defender daquilo pelo qual sempre acreditei. É realmente mau sentir isto, achar que toda uma vida eu estava errada, no que sempre foi para mim a minha certeza de vida. Não acredito. Este encantamento está a desaparecer, porque eu estou a fazer força para que desapareça, estou farta de acreditar no que não existe. E tudo isto me faz deixar de ser quem eu sempre fui. Penso que este é o ponto que eu tenho de assimilar de uma vez. Mas custa-me tanto. É tão difícil acreditar que tudo é mentira. E a questão que fica cá dentro é porque? porque não pode ser verdade? Porque não pode ser fácil? Porque não pode?..... Tudo isto são palavras, palavras que nem um 10% do que sinto conseguem descrever, tento por nelas todo este sentimento que me invade mas que eu não gosto, mas embora possam aliviar, não levam embora tudo isto. Apetece-me chorar, apenas adormecer de cansaço para não pensar. só o que não pensa, neste momento é sinal de descanso. ESTOU FARTA!

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08 junho 2013

Pensamentos

Desde que este blogue começou muito mudou na minha vida. Hoje voltei a sentir a necessidade de escrever. Talvez porque ninguém venha aqui e como tal posso escrever livremente. Tenho passado estes últimos tempos com bastante tempo para pensar, em especial no que é a minha pessoa, quem realmente sou e o que vai dentro de mim. Todos os dias sinto que não sei responder à questão: quem sou eu? Parece ser uma questão fácil, mas na verdade não é. Depois vem outra questão: o que realmente estou sentindo dentro de mim, que sentimentos tenho? e também não sei responder. Tendo descrever uma lista de sentimento e encontrar respostas certas, mas na verdade não encontro nenhum sentimento que realmente me descreva neste momento. Penso que o principal sentimento é mesmo tristeza profunda, mas quando tento achar a verdadeira causa desta tristeza, não consigo realmente chegar a uma resposta verdadeira, e é então que duvido se realmente tenho tristeza profunda. Será que estou a fugir de responder a estas 2 questões que deveriam ser simples? não sei, umas vezes penso que sim outras penso que não. Então afinal o que será que não está bem? Será que o facto de ter muito tempo para pensar, faz com que não tenha respostas? Será que ando às voltas? É frustrante, imaginar que não me conheço a mim própria e que também não sei o ou os sentimentos que tenho. Mais que frustrante é assustador. Então que soluções podem existir para deixar de estar assim? será que é questão de tempo?Será que é só deixar andar e que tudo voltará a ficar bem? Ou será que na verdade eu não me enquadro onde estou e que não há solução? Todas estas palavras são verdadeiramente horríveis, ninguém deveria ver isto. mas eu estou com necessidade de escrever de deitar cá para fora, mesmo que o que vem cá para fora não passe de um enredo de palavras e pensamentos sem sentido algum.

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11 janeiro 2012

Um dia por aqui

Há dias que nos fazem voltar ao passado. Hoje vim cá ver e li um pouco do que já tem tempos tinha escrito, aleatoriamente. Voltei a sentir este como o meu canto, o meu refugio, o meu porto de abrigo. A vida deu voltas, há quem tenha partido, há quem tenha simplesmente desaparecido e há novas pessoas que por cá andam. Será que está melhor? pior? não sei, não sei mesmo responder, apenas sei que existo em mim e mesmo tendo eu mudado, lá no fundo a essência continua igual. Talvez necessite de voltar cá, pelo menos sinto a necessidade de escrever o que aqui dentro vai, e talvez seja essa a verdadeira razão de isto existir, apenas para eu poder falar alto comigo própria. porque o pensamento voa e nem sempre eu o consigo acompanhar, ou porque às vezes muita é a força que faço para que ele não saia, mas depois ele insiste em sair, porque um sentimento negativo pode entrar e destruir....

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18 abril 2011

FAz tempo e tempo que não venho cá..

Já nem me lembrava há quanto tempo não vinha cá... mas às vezes sabe quem voltar a casa hehe

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15 setembro 2010

Na rua mão dada?

Estava eu a tomar o meu cafe da manhã e vi passar um casal novo de braço um por cima do outro. Então fiquei a olhar, para além do olhar habitual e pensei:

- assim de repente parece que um está a tentar dominar o outro
- a andar assim é mais difícil, pois tem de estar sincronizados
- olha só o sentido de pertença, assim não há duvida que estão juntos
- assim não são uma pessoa por si, mas duas pessoas numa
- olha só o espaço que se poupa por se andar mais chegado
- porque estão de braço dado e não de mão dada? parece mais fácil andar de mão dada

e o pensamento continuou, afinal porque andamos nos de braço dado pela rua??????

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18 agosto 2010

Fausto Namoro

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