22 outubro 2007

A morte

Infelizmente passamos a nossa vida inteira a queixarmos dos nossos problemas, mas o que para um é um problema para outra pessoa já pode não ser, de qualquer das formas todos nós temos problemas, até mesmo os bebés.

Então se olhar para trás lembro-me que quando era pequena tinha uma serie de problemas que agora vejo que não eram nada, mas na altura não havia nada pior do que esses mesmos problemas, há uns anos ou meses atrás tinha problemas que hoje não tenho, ou então já estão relativizados, pois já sei lidar com eles de outra forma. Mas o que realmente nos faz pensar e relativizar esses problemas?

Eu sempre ouvi dizer que a idade e a experiência da vida muito nos ensina e cada vez tenho mais a certeza que isso é real. O facto que crescermos e de termos de lidar com situações novas ao longo dos anos, leva-nos a ver que há sempre forma de resolver os problemas, que eles são sempre relativos e que há problemas muito maiores do que os nossos. O importante é termos força de levar a nossa vida para a frente e termos capacidade de mudar quando as circunstancias assim o exigem. É a experiencia de passarmos por fases complicadas, que nos leva a ver que temos mais forças internas do que aquelas que pensavamos ter e da próxima vez que um problema nos surgir estamos mais fortes para lidar com ele, temos mais experiência em o relativizar e o resolver ou então viver com ele mas de bem com a vida.

Depois há situações que nos levam a pensar que tudo o que até hoje eu considerava um problema mais não passa do meu medo de o enfrentar, de o resolver e olhem que nisto eu sou perita grrrr. Situações como a morte de uma pessoa que nos está perto e pela qual nada podemos fazer para a manter perto de nós.

É neste momento que nós temos uma claridade de ver como somos estúpidas em dar tanta importância a certas questões, vemos como por estupidez deixamos pessoas realmente importantes na nossa vida para trás, imaginando que vão estar sempre lá, ou que há muito tempo que não dizemos aos nossos pais ou outras pessoas o quanto os amamos e como nos sentimos felizes por eles existirem, mesmo com o conhecimento que as relações humanos são tudo menos perfeitas. Este fim de semana uma má noticia fez-me pensar que há muito tempo não dizia ao meu pai como o amava e não tardei a mandar uma sms para ele, logo de seguida ele telefonou-me e também disse que me amava, desta vez eu quero passar todo o tempo do mundo com eles, pois se hoje ainda tenho essa hipótese, amanhã não sei se terei e se há pessoas no mundo importantes para mim esses são os meus pais.

Hoje que a minha vida tanto tem mudado e tantas pessoas entram e saem na minha vida, eu tento aprender a lidar com elas da melhor forma possível, dando a mostrar de quem realmente gosto sem medo de me acharem estranha, infelizmente algumas pessoas importantes já sairam ou decidiram sair da minha vida, mas para quem está cá mais ou menos presente eu tento sempre mimar :)

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

já sabes que há assuntos que eu não sei tratar. Este é um deles. Deixo só um beijo

9:16 da manhã, outubro 23, 2007

 
Anonymous Anónimo said...

E quem não tem medo de perder os que ama? Ma há coisas que são inevitaveis por isso devemos aproveitar os momentos da vida em que estamos com eles, também não podemos viver a pensar no dia em que eles não estarão cá.
Por isso o meu lema, vive, e dá importancia realmente ao importante. Quem não pensa na morte? Acho que toda a gente pensa, e depois adianta alguma coisa? Para mim sim, faz-me lembrar que ainda tou viva.
Beijitos DV

12:56 da tarde, outubro 23, 2007

 
Blogger !_! said...

Já tivemos esta conversa, miúda!
Beijocas para ti e dá beijocas grandes à Pipoquinha, sim?!

7:51 da tarde, outubro 23, 2007

 
Blogger neva said...

alguem- eu sei mana bjs

dv- é mesmo isso amiga

xanocas- bjs grande moça eu dou a ela o teu bj

7:13 da tarde, outubro 25, 2007

 

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