A menina não me viu?

Sair mais cedo do trabalho, ontem deu direito a 120 euros de multa.

Vai uma pessoa muito bem a conduzir, quando o telefone chama, que se faz? Atende-se, mas como o auricular não está lá, pois usa-se uma mão, nada como ser polivalente. A conversa está animada, fala-se da possibilidade de viajar para Madrid, quem é que deixa uma conversa destas a meio? ninguem, pois está claro. Então chegada à rotunda antes de casa, vemos os carros passarem e esperamos pela vez, até vemos um carro da brigada de transito, mas como está parado, imaginamos que quem o conduz naõ está lá e seguimos viagem para chegar rápido a casa e continuamos a conversa. Ora chegando a casa vamos estacionar mal pois não há muitas alternativas e quando damos por nós temos um carro branco com umas riscas vermelhas e azuis ao nosso lado ainda pior estacionado. A mente vás uma busca interna e sem olhar directamente chegamos à conclusão que o tal carro afinal não estava parado e agora está ali ao pé de nós. Só dá tempo para dizer à amiga:-Acho que vou ser multada, xau!

Assim que saimos do carro, a conversa de férias de a pouco deixa de fazer sentido e ouvimos bem alto:- A menina não me viu?
E a menina responde:- Onde? e fica com cara prensativa...
- Na rotunda estava do seu lado esquerdo, até sai do carro.
- Pois não realmente não. Mas estava a a andar na rotunda?
- Telemóvel na mão esquerda, rotunda do hospital .Está a ver é o que dá usar o telemóvel.
-Eu estava era a olhar para os carros que estavam na rotunda para poder passar. Já agora vou aproveitar para lhe fazer umas perguntas. Pois, olhe multe tenho de ser responsável pelos meus actos.

Ora só sei que fiquei com menos 120 euros na conta, a possibilidade de ficar x tempo sem carta, agora já sei que a rotunda é a minha morte, pois sou apanhada sempre lá, a outra multa também começou lá e depois sou sempre seguida, desta vez até casa. Ah mas ontem tive direito a entrar no carro da brigada e andar nele para poder ir levantar dinheiro e depois escolta até casa hehe. Bom agora só penso, deixa lá há coisas piores...