Sociedade Civil

Ontem estive a ver mais uma vez o programa sociedade civil. O tema era filhos precisam-se.

E questão é que as mulheres portuguesas em estudo tem desejo de ter 2,1 filhos, mas a taxa de natalidade está a descer para os 1,36 filhos.

Questões como subsidio, o custo de vida foram abordados e eu penso que esta questão tem bastantes problemas.

É verdade que hoje em dia uma família com mais de 2 filhos é vista como uma questão de luxo, ou então como pobreza, e nunca como uma família normal.

Subsídios são importantes, mas devem ser vistos como um apoio que facilita a vida familiar mas não como um motivo de riqueza para a família e é ai que está a questão no meu ver. Ou seja as família reclamam que os subsídios são fracos, ok, mas não os podemos ver como sempre uma forma de enriquecer, mas sim como uma forma de igualar o mais possível os rendimentos das familiar com e sem filhos, pois não se pode discriminar umas famílias em privilegio de outras.

E já que falamos em família, seria importante também definir o próprio conceito, pois em Portugal família ainda é vista como um conjunto de pessoas que representam a figura materna paterna e a descendência, mas com a mudança da saciedade, é cada vez mais visível que estes padrões não correspondem à realidade.

Famílias monoparental, famílias em que as figuras existentes são os avôs, tios, ou mesmo irmãos mais velhos, já para não falar de famílias homossexuais constituidas por pessoas do mesmo sexo.

Mas todos os apoios que se possam dar, vão ser sempre poucos, porque a sociedade tem muitas necessidades em variadíssimos campos que não só na família. Muitas vezes esses apoios até podem passar por dar condições mais favoráveis em determinados serviços públicos e não em dinheiro. Ou mesmo em questões como a dificuldade em engravidar e todos os custos associados aos tratamentos necessários para muitas famílias.

Então antes de pensarmos em taxas de natalidade, era bom primeiro pensar no conceito de familia nos serviços aos quais estas tem necessidade de recorrer e só depois no dinheiro que se pode dar para agilizar o seu rendimento e gastos familiares.