Nó na garganta

Esta semana tem sido um pouco estranha. Tenho andado com um nó na garganta que não se desfaz, um nervoso, uma agitação, uma ansiedade, um stress constante. A verdade é que o trabalho aqui é mais do que muito e como se não basta-se tenho n coisas para fazer ao mesmo tempo, ir ali, ir acolá, fazer isto fazer aquilo, não esquecer esta coisa e por ai adiante. A azafama é tanta que não há um dia que não me esqueça do telemóvel aqui, a carteira ali, as haves não sei onde.

Este ano as prendas são só para a mãe, o pai, o feijãozito, a irmã e o cunhado e acabou, não há mais prendas. Desta vez apenas comprei 5 prendas, ao contrario do ano passado que adorei andar de um lado para o outro a comprar n prendas para dar.

Acho que este ano o natal ainda me está a passar mais ao lado do que nos outros anos, acho até que nem quero que ele chegue.

Relativamente ao ano novo, não sei como vai ser, até nem me importava de ficar em casa sem fazer nada, ando com falta de inspiração. Mas pronto há sempre a hipótese de juntar com mais umas quantas pessoas e fazer qualquer coisa.

Amanhã será dia de ir comprar mais coisas lindas para a sala ao IKEA, aos poucos vai ficando uma sala como deve de ser e a casinha fica cada vez mais uma casa habitável.

Já só falta mandar imprimir as fotos minhas que escolhi para colocar o resto dos quadros que quero colocar lá em casa. Isso sim vai dar um ar diferente e meu à minha casa.

Sabem que mais passado um ano que comprei a casa, sinto que foi das melhores coisas que fiz, ter o meu cantinho, só meu sinto que a responsabilidade que uma casa nos dá é transportada para um sentimento de conforto e segurança. Quando era pequena lembro-me de ter medo de em adulta vir a morar num bairro social e não ter dinheiro para pelo menos manter o nível de vida que os meus pais me tinham dado. Hoje sei que isso não vai acontecer, porque eu sempre terei forças para trabalhar numa ou outra coisa para suportar as contas sem depender de outras pessoas e isso eu posso fazer sozinha, tal como faço agora. Ter um segundo emprego também me mostrou isso é que na verdade há sempre empregos nos quais podemos trabalhar e ganhar dinheiro e eu hoje sei que sou capaz, hoje sei o que valo e sei que nada me irá fazer ter medo como em noutra hora.

Ainda hoje estava a lembrar na altura em que não fui aceite na empresa que eu queria trabalhar desde criança, nos sentimentos que tinha na altura e em como não tinha sido escolhida e em como pensava que o problema era meu. Hoje sei que o problema não é meu, sei que tive das melhores avaliações e que na verdade quem perdeu foi a empresa que não me aceitou. Agora vejo os novos empregos como desafios e até penso que é melhor ir mudando de empresas, do que ficar eternamente na mesma. A possibilidade de variar, ter novas experiência profissionais hoje é um fascínio para mim e isso levou-me a ter mais uma experiência profissional e sinto-me bastante bem por isso.

Agora passado um ano eu sou realmente dona da minha vida, sou eu o centro da minha vida, os meus objectivos e sinto que por mais pessoas que possam entrar nela, eu não vou como em outros tempos, abdicar do que gosto para agradar os outros. Será egoísmo? talvez, mas eu caracterizo como certezas em mim e no que quero. Afinal se eu não gostar de mim e se não fizer por ser feliz e ter o que quero, quem o fará? NINGUÉM

E este é o meu pensamento para este natal e ano novo, o ano de 2007 foi um dos mais difíceis, mas também provavelmente o ano mais importante para mim, pois fez-me crescer por dentro e ver o que realmente é importante na vida. Realmente a pessoa tem de sofrer e passar por experiências para conseguir relativizar os problemas, agora já sei um pouco do que significa crescer...