12 fevereiro 2009

conhecer ou ser conhecido

nos últimos tempos ou pelo menos desde o inicio deste ano, tenho debatido comigo mesma quem sou e o que quero da vida.

Durante este tempo tenho tido mais tempo com a família e isso tem me trazido bastante felicidade, de tal forma que hoje acredito que a minha família deve estar acima de tudo e tenho este conceito ou forma de vida tão interiorizado que não vejo outra forma de obter tal felicidade.

Mas ao mesmo tempo que passo mais tempo com a família, também acabo por passar mais tempo na cidade que me viu crescer e como consequência revivo situações de infância que há muito tinha esquecido ou simplesmente deixado de dar importância. A sensação de andar na rua ou nos sítios do costume e as pessoas me conhecerem, dá-me verdadeiro consolo, ou mesmo, segurança, apoio. Muitas vezes ouvimos as pessoas falarem que não queriam ser conhecidas, porque há sempre quem se queria meter na nossa vida, mas eu cá defendo que ser conhecido e conhecer minimamente as pessoas que moram ao pé de nós só dá vantagens.

Assim, por conhecer as pessoas:
posso mais facilmente identificar quem é de fora e que possa querer fazer mal.
posso pedir uma chavena de acucar quando falta,
posso pedir ajuda se alguma coisa me acontecer
sinto que não estou sozinha numa cidade estranha
posso ir tomar café e falar com alguem
posso simplesmente dar os bons dias a uma pessoa
posso ir perguntar se também na sua casa falta a agua ou a electricidade
se houver terramotos posso ir para a rua e estar com pessoas que conheço
posso pedir para ficar com a chaves de casa, caso me esqueça
não sei agora mais mas sei que há mais vantagens e o que é certo é que sinto que vivo num mundo onde as pessoas, de alguma forma mesmo que pouco, se preocupam com os que os rodeiam.

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